quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Pesa-me...

O tempo pesa-me já.

Já não existe muito mais que apenas isto, o cansaço... o enorme cansaço desta estrada curta.

O tempo pesa-me nos olhos com violência, pesa-me como pesa as folhas secas no Outono....

Pesa-me já tudo. O tempo, o que fez o tempo pesar, o peso dos dias no olhar, nesse meu olhar e nesse teu olhar.

O mundo pesa-nos na alma. A nossa alma começa a pesar ao mundo!

O teu mundo começou a ser um Outono invernoso, nesse recanto de mim que te pesa também!

O olhar foge-me, cansado desse tempo que já vai longo... nessa estrada tão curta da tua vida... desse mundo que prendeste a mim que desatas com a brevidade de um adeus!

O tempo talvez não me pese... o que me pesa é a tua solidão!


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