domingo, 31 de outubro de 2010

Ela


Acordou de olhos inchados, de alma seca. Perdeu anos de vida naquela noite.


Às vezes as palavras matam como armas! Ela sentia a dor, como que se fosse sua, daquela mulher que encontrou à porta de um bar, caída, perdida, sem voz de tanto gritar!

Soube, contou-lhe a mulher, que viver amando alguém que não corresponde é a pior das torturas. Mata lentamente!

No inicio dizia ela - temos a esperança de que vamos conseguir mudar o mundo, que a nossa força e o nosso sentimento serão capazes de nos fazer vencer.... mas todos os dias há pormenores que nos fazem cair uma e outra vez.... seguidamente.... continuamente.... e ninguém estará lá, minha querida, para te ajudar a subir!


Não ames apenas porque amas, ama apenas, se souberes que és amada!


Não dês de ti tudo de ti, ficarás nua e sem defesas....


Ela foi para casa desolado. O amor trás momentos de euforia louca.... e momentos de uma tristeza sem igual!


Pensou em si, o que havia nela, quem a traria no pensamento! Não identificou ninguém.


Adormeceu já era de manhã, de cabeça pesada e de coração perdido, como a daquela mulher, que encontrou caída à porta de um bar!

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