quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Ela


Às vezes morremos por dentro…. Devagarinho!
Ela acordou agredida pelo sono, dormiu mal, acordou cansada, como se estivesse estado o sono todo a subir…. Na esperança de ver a luz!
Nos sonos também se morre… e ela não sabia se tinha morrido porque o coração ardia, ou se a alma se afogava!
Nem sempre a visão é lúcida, nem sempre a visão nos acelera a mente na busca do equilíbrio!
E andamos a penar no limbo, como que não querendo sair do que nos sufoca, mas não tendo mais condições para continuar na miséria das nossas vidas!
Saiu à rua branca, só e agressiva…. Refugiou-se na solidão da noite, nos braços fortes da neblina, onde ninguém se encontra, onde ninguém se perde…. Onde não há ninguém…. A não ser os sem abrigo.
Os que velejam um barco sem velas… e aqueles que as têm…. Velejam sem vento! Aportam sem terra!
Às vezes as coisas devem ser perdidas….
Às vezes devemos perder as coisas….
Às vezes devemos deixar as coisas como eram, não como são….
Às vezes o barco não deve sair do porto…. Correndo o risco de não voltar.
E mesmo voltando, correndo o risco de vir demasiado danificado para acordar do sono e não morrer!

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