quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Ela


"(...) Com certeza já deves ter ido a uma festa e descoberto que em determinado lugar da sala te sentes melhor e mais segura do que noutro. Isso é uma pálida comparação com o Aleph. Se encontrares o lugar certo para estar na festa, essa energia ajuda-te a ser mais segura e mais presente. (...) o pequeno Aleph aparece sempre por acaso. A primeira coisa que surge é uma imensa vontade de chorar, não de tristeza nem de alegria, mas de emoção. Tu sabes que estás a compreender algo, mesmo que nem sequer consigas explicá-lo a ti mesma.
(...) No entanto o grande Aleph ocorre quando duas ou mais pessoas têm algum tipo de afinidade muito grande se encontram por acaso no pequeno Aleph. Estas duas energias diferentes completam-se e provocam uma reacção em cadeia, são o pólo positivo e negativo de qualquer bateria, o que faz acender a lâmpada. Elas transformam-se na mesma luz. Os amantes que se encontram depois de muito, muito tempo. Ou aquele que é provocado pelo acaso quando duas pessoas que o Destino escolheu para uma missão específica se encontram no sitio certo. Isto é, duas pessoas podem viver uma vida inteira ao pé uma da outra, ou então podem encontrar-se apenas uma vez, e despedirem-se para sempre porque não passaram pelo ponto físico que faz jorrar de forma descontrolada aquilo que as uniu neste mundo. Ou seja, afastam.se sem perceberem bem o que as aproximou. Mas, se Deus assim o desejar, aqueles que uma vez conheceram o amor voltam a encontrar-se.
É o chamado amor à primeira vista (....)"

Ela acreditava que naquele bar junto ao balcão, onde inúmeros corpos se união numa dança comum, ela tinha encontrado alguém que já conhecia de há muito tempo.
Não dali, não daquele tempo.... o conforto e a segurança que sentia ao pé dele, não podia ser do momento, mas sim de um longo caminho em conjunto.

Ela dissera-lhe: "Deixa-te estar aqui. Ao pé de ti sinto-me segura!"

Oxalá, pensou ela, que Deus também assim o deseje.

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