quinta-feira, 21 de abril de 2011

Presas nas horas

Dia após dia parece que o mundo troca de posições.
Talvez seja eu que rodopio em mim mesma e vejo tudo mudar... os sonhos, as vontades, os momentos em que me julgava completa, os objectivos de vida que já não existem.... o mundo inteiro não me parece ser mais o meu mundo.
As palavras já não fluem livres e com orgulho..... são lentas e silenciosas.... como sempre foram! Agora que penso nisso sempre o foram, até tu chegares e me alimentares a alma de brilhos imensos!
Tu trouxeste-me a vida como uma festa, mas infelizmente eu cheguei depois de ela começar e saí antes que acabasse. Acho que perdi a melhor parte!
O que deixamos para trás não são palavras, não são coisas escritas nas pedras, mas sim o que é tecido na vida dos outros, e tu teceste tanto em mim e de mim.

Um dia ouvi dizer que estar vivo é respirar profundamente, mover-se livremente e sentir com intensidade!

Então acho que algo se passa de errado em mim.... tenho as palavras presos às horas que te espero....

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Raiva

Sinto os olhos cansados de esperar. Tenho pouco ou nada dentro mim, neste momento! Raiva? Desgosto? Raiva..... de mim.... de esperar por uma segunda oportunidade que nunca me prometeste! Raiva imensa de continuar a acreditar que as pessoas me amam.... e não me usam! Solidão! Um vazio enorme que me deixa inconfortável! Tão cansada dessa meia luz onde me desenhas-te! Cansada de ser feita de bocados, de ter pontes gigantes a desabar em muralhas ferozes! Raiva, esta imensa raiva de ainda te respirar! De ainda te querer, de ainda te amar e não saber amar mais ninguem.... Raiva de ser sempre a mesma idiota que acredita que as pessoas mudam por nós! Raiva? Desgosto? Apenas feridas reabertas.....

domingo, 10 de abril de 2011

Adeus

É esta dor que me invade cada vez que penso em ti! Esta dor que se sente tão dentro de nós! O mundo é um lugar estranho, onde não somos vistos, onde não somos sentidos, onde somos perdidos, onde ninguém nos encontra enquanto anoitece! Os sentimentos são um peso demasiado para os pobres corações daqueles que ousam sentir..... O meu mundo começa a perder a tua fragrância! Tremula é a minha vida agora que te sinto mais longe, perdido de ti e de mim.... sem vontade, sem abrigo, sem crença.... Sinto que não me vês, que não me sentes... que não sabes quem sou! Preciso afastar esta tristeza, e iluminar o coração... Falta-me dizer lentamente, soletrar assim devagar.... o que ambos sabemos ser a realidade... não nos pertencemos, não somos um só, nunca fomos partes inteiras... sempre metades de uma vida a meias, sempre uma fracção... uma ausência colmatada por segredos partilhados e já mortos em nós! Abrir mão de ti é abrir mão da vida. É uma guerra lenta que tenho de travar comigo... Não sei se saberei viver assim, mas tenho de tentar por ti e por mim! Adeus!