quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Eu



"Sou sempre eu mesma,



mas com certeza não serei a mesma



para sempre!"

Sonhos


"Sonhos não morrem,

apenas adormecem

na alma da gente."

terça-feira, 6 de setembro de 2011

What If

What if there was no light
Nothing wrong nothing right
What if there was no time
And no reason or rhyme
What if you should decide
That you don't want me there by your side
That you don't want me there in your life

What if I got it wrong
And no poem or song
Could put right what I got wrong
Or make you feel I belong
What if you should decide
That you don't want me there by your side
That you don't want me there in your life

Oooh that's right
Let's take a breath jump over the side
Oooh let's tryH
ow can you know it when you don't even try
Oooh that's right

Every step that you take
Could be your biggest mistake
It could bend or it could break
That's the risk that you take
What if you should decide
That you don't want me there in your life
That you don't want me there by your side

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Atitude

"Atitude é uma pequena coisa que faz uma grande diferença!"



Não interessa se ela nos leverá a algum lado.... o que ímporta é descobrir o que fomos capazes de fazer pelo simples facto de ter....

"Onde há Vontade, existe sempre um caminho!"

Ela


"(...) Com certeza já deves ter ido a uma festa e descoberto que em determinado lugar da sala te sentes melhor e mais segura do que noutro. Isso é uma pálida comparação com o Aleph. Se encontrares o lugar certo para estar na festa, essa energia ajuda-te a ser mais segura e mais presente. (...) o pequeno Aleph aparece sempre por acaso. A primeira coisa que surge é uma imensa vontade de chorar, não de tristeza nem de alegria, mas de emoção. Tu sabes que estás a compreender algo, mesmo que nem sequer consigas explicá-lo a ti mesma.
(...) No entanto o grande Aleph ocorre quando duas ou mais pessoas têm algum tipo de afinidade muito grande se encontram por acaso no pequeno Aleph. Estas duas energias diferentes completam-se e provocam uma reacção em cadeia, são o pólo positivo e negativo de qualquer bateria, o que faz acender a lâmpada. Elas transformam-se na mesma luz. Os amantes que se encontram depois de muito, muito tempo. Ou aquele que é provocado pelo acaso quando duas pessoas que o Destino escolheu para uma missão específica se encontram no sitio certo. Isto é, duas pessoas podem viver uma vida inteira ao pé uma da outra, ou então podem encontrar-se apenas uma vez, e despedirem-se para sempre porque não passaram pelo ponto físico que faz jorrar de forma descontrolada aquilo que as uniu neste mundo. Ou seja, afastam.se sem perceberem bem o que as aproximou. Mas, se Deus assim o desejar, aqueles que uma vez conheceram o amor voltam a encontrar-se.
É o chamado amor à primeira vista (....)"

Ela acreditava que naquele bar junto ao balcão, onde inúmeros corpos se união numa dança comum, ela tinha encontrado alguém que já conhecia de há muito tempo.
Não dali, não daquele tempo.... o conforto e a segurança que sentia ao pé dele, não podia ser do momento, mas sim de um longo caminho em conjunto.

Ela dissera-lhe: "Deixa-te estar aqui. Ao pé de ti sinto-me segura!"

Oxalá, pensou ela, que Deus também assim o deseje.

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

A perda


O que mais nos atormenta o espírito é a forma abrupta como algumas coisas terminam.

É a forma como os dias tem de prosseguir sem aquela rotina que nos fazia crescer a cada pensamento ridiculamente igual ao anterior!

A forma como o destino controí e destrói caminhos é que assusta.... a forma avasaladora como lança as cinzas contra o vento.


Sacudir a água que nos pesa nos ombros depois do rescaldo da noite não nos enchuga os olhos cansados e permeáveis.


A crença religiosa de que o mundo conspira a nosso favor, tem vezes que parece uma estórea cruel de mais para nos ser contada...


E depois vem o reviver, e o reviver...


Que nos massacra como uma torneira mal fechada que vai pingando, e vai pingando e fazendo aquele som pela noite dentro... quando o silêncio impera e quando o pingar da torneira e o silêncio da noite se misturam.


Mas o que mais nos atormenta o espírito é a forma abrupta como as coisas terminam, como deixam de estar nos lugares habituais, e a perda passa a ser demasiado pesada para ser levada ao peito.


É isso mesmo: a perda das coisas que terminam abruptamente é que nos vai tornando irremediavelmente sós!

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Coisas do Coração

"(...) E acabou-se, pensa ela, dirigindo-se a casa. É altura de deixar isto para trás.
Mas, ao acordar na manhã seguinte, sente-se pior, como se a ilusão levasse uma noite a solidificar-se. A constatação de que ele não há mais ele, de que não há a menor possibilidade de um futuro, nem sequer de outra noite juntos, faz-lhe doer o corpo todo, como se estivesse com gripe. Sai da cama e passa pelo chuveiro sentindo um vazio mais profundo do que, alguma vez, imaginara ser possível sentir por alguém na sua vida, após um período de tempo tão breve. É um vazio que ela sabe que nunca há-de preencher - nem tentar sequer. A queda é demasiado brusca. É caso para perguntar qual foi o idiota que disse que é melhor ter amado e perdido do que nunca ter amado. Ela não poderia discordar mais. (...)"

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

As palavras

"As coisas que não se conseguem dizer são as únicas que trazemos por perto."
Neste momento esta é a minha janela para ti. O meu mundo espelhado nas palavras que ecoam na minha cabeça e no meu coração.
Neste momento esta é a minha janela para o mundo, que é o teu mundo, que é o meu mundo.
"Às vezes o importante pode também ser esquisito. O que mais importa talvez tenha de ser esquecido. Para que se possa continuar."
Neste momento esta é a minha janela para ti, a ponte que construi para que me oiças, para que me vejas sem me olhar, para que me sintas sem me tocar, nua, fria.
Esta é a minha janela para o mundo, para o nosso mundo, o meu mundo construído sobre o teu mundo, a minha crista onde vejo o universo e toco nas estrelas.
Aguardo por ti no lado de dentro. O vazio desse lado é tão imenso.
Somam-se as palavras, somem-se as palavras.... escutas-me? Daqui de onde estou? Deste lugar de onde me deixaste presa nas palavras que incendeiam a minha alma por não te as dizer.
Fecha a porta agora. Atrás de ti, fecha a porta, não a deixes encostada por favor.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

2º feira outra vez.... e um dia de cada vez!




Custou mas já passou.....

E hoje foi especialmente difícil.... a cabeça demasiado cheia de pensamentos já passados mas ainda não esquecidos!

Como diria alguém: "Demorei uma hora a conhecer-te, e só um dia para me apaixonar.... no entanto levará uma vida inteira para te esquecer.... mas é assim a vida. Aprendemos, e sofremos.... mas crescemos e tornamos-nos mais sólidos connosco e mais selectivos com o que queremos para a nossa vida.... e no final percebemos que nem sempre o que amamos é o que nos torna felizes.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Palavras

Somos seres em constante evolução, emocional e física. O que hoje é Perfeito para ti, "amanhã" poderá não o ser. Tudo tem o seu tempo. Acredito que a pessoa com a qual partilhamos o presente, é a pessoa que mais se adequa ao nosso eu actual. Mas nós mudamos, de um dia para o outro as circunstâncias podem ditar uma revolução nas nossas vidas, e o que tomávamos por garantido, de repente deixa de fazer qualquer sentido. Somos apanhados de surpresa e cambaleamos, duvidamos, QUESTIONAMOS. A maior parte das vezes, agarramo-nos ao garantido, porque tem menor risco, antecipamos o receio pelo desconhecido, repelimos o recomeçar do caminho, porque estamos feridos e achamos que não aguentamos mais uma reviravolta.


A dor faz parte do processo evolutivo, o erro também. É através dele, que nos conhecemos melhor, que vamos eliminando as etapas desnecessárias e filtrando o que queremos e o que deixamos de querer. Ficamos mais selectivos, mas ao mesmo tempo, cada vez mais perspicazes e sabedores do que é melhor para nós. Amadurecemos.


Falo por mim, cada vez mais olho para mim e para aquilo que quero. Sigo cada vez mais os meus instintos que por norma, têm-me levado a bom porto. Quando por chance, ponho a hipótese de aceder a expectativas externas e seguir um conselho de outrem, normalmente arrependo-me de não ter seguido os meus instintos, mas dou graças por ter aprendido algo: a confiar naquilo em que acredito, por mais altas que as vozes se levantem, e por mais reprovadores que os olhares se tornem.


Tudo isto só se conquista com uma auto-estima inabalável e uma fé quase fanática nas minhas acções. E para isso tenho de gostar muito de mim mesmo. Egoísta é o adjectivo que me ocorre ao elaborar este pensamento, mas este orgulho, este acreditar, é o que me tem mantido no caminho certo e permitido não quebrar, por mais negativas que pareçam as circunstâncias á minha volta.


Aprendi a não depender emocionalmente de ninguém, a não precisar de uma bengala para me ajudar a carpir o caminho. É uma tarefa estóica, mas libertadora de todas as correntes que se vão emaranhando no nosso coração e na nossa mente, que nos entorpecem, amolecem e impedem a Evolução do nosso Ser.

Assumo que tenha perdido qualquer coisa pelo caminho, uma lágrima, um sorriso, um abraço. É o preço a pagar pela minha sanidade mental. O controlo excessivo das emoções torna-nos mais ásperos, mais fechados, mas também mais preparados, mais atentos e mais capazes de responder em tempos de crise.

O sentimento está lá debaixo. Está bem guardado. Adormecido num sono hibernador e tranquilo. Intocável.

É como um trunfo guardado na manga, pronto a ser lançado no momento em que precisamos que a nossa Alma respire com mais fulgor.

E tendo esse trunfo guardado a sete chaves..jamais perderemos o jogo da vida.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Homens e mulheres


Homens e mulheres!!!!!! Todos nós achamos que são "espécies" diferentes. Mas será? Ora vejamos:

O que vos ocorreria num primeiro pensamento? Cama.... ora aí está: um homem faz sexo, e uma mulher? Porque têm a mania de dizer que faz amor????? Ou fazem amor ou fazem sexo.... não estão ambos a praticar o mesmo! Para que utilizar palavras diferentes para a mesma coisa.... uma coisa leva a outra.... não são palavras separadas, é o mesmo acto! Certo?????

Ainda sobre este tema.... e no tocante à leitura. Na mesa de cabeceira do homem: "101 posições", na da mulher.... "102 formas de escapar"....
Bem se é este o vosso pensamento minhas caras dediquem-se à meditação... Sempre ouvi dizer sê uma lady na mesa e uma louca na cama!

Racionalidade de escolhas: os homens são demasiado racionais, as mulheres segundo consta emotivas. Os homens usam a razão para justificar as decisões, as mulheres agem por impulso o que muitas vezes pode levar ao "tudo-ou-nada".

Na escolha do parceiro o que vos parece? Pois bem, homem prefere mulher mais jovem. Não entendo? Uma mulher mais velha não tem mais charme?
As mulheres está claro que têm preferência por homens mais velhos..... não me digam que a resposta não é óbvia!!!!!!!! Recursos e Status..... à pois é meus caros!

Mas sabem que mais para mim tudo se resumo a isto:


quarta-feira, 20 de julho de 2011

Deixa


Dá-me vida, dá-me paz, dá-me descanso!

Deixa que te devolva o conforto, que te abrigue, que te ame....

Deixa que te sinta, deixa-me que me sintas!

Deixa que te oiça, não te escondas....

Se não deixares que o meu corpo estremeça no conforto do teu, que o meu coração adoce suspenso no teu.... então deixa.... então vai me deixando aos poucos.... para que o arrepío da partida não quebre a minha alma ainda quente de ti!

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Faz


Se tens vontade de rir: ri!

Se tens vontade de chorar: chora!

Se tens vontade de gritar: grita!

Se tens vontade de ficar em silêncio: medita!

Se tens vontade de dizer tudo o que sentes: diz!

Se tens vontade de ficar ausente: afasta-te!

Se tens vontade de arriscar: arrisca!

Se tens necessidade de ficar confortável: estabiliza!

Se tens vontade, então FAZ!

Seja o que for, bem ou mal, os juízos são só de Deus....


Faz.....


Não deixes a âncora da estagnação presa nas tuas vontades. Elas apodrecem dentro de nós e criam larvas em vez de borboletas!

Sonhos


A alma é um lugar sagrado onde te guardo e te reencontro sempre que o coração chama por ti.
Guarda todos os meus sonhos não satisfeitos, que imaginei, que sonhei, que te desejei e não te tive. Nada há mais real que o sonho e o amor, e eu perdi os sonhos quando o amor surgiu sem pedir, sem ser chamado, ser poder ser recusado.

Já sonhei muito, semeando as canções no vento, querendo ver crescer as nossa vozes, no que faltava sonhar... mas tu deixaste-me sem voz, sem palavras que te contassem que os sonhos guiam o nosso carácter e tu guiaste os meus sonhos....
Perco-te agora sem vontade de te recuperar... perco-te agora sendo já tarde, perco-te agora porque nunca me soubeste.... quiseste ganhar.
Menina perdida que achou que de sonhos também se vive, que de sonhos também se cresce, que de sonhos se permanece sem sofrer!
Magoa maior ainda, viver de sonhos e andar perdida, saber-te tua sem te saber meu!
O mundo é uma muralha sombria, onde os grandes amores esparsos ao vento, são como cinzas.

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Após dois anos o que resta?

Há dois anos atrás escrevi este texto. Dois anos depois muita coisa mudou.... e muita coisa permaneceu inalterada! Há sentimentos que não mudam, há rostos que não se esquecem e ficam guardados nos recantos da memória à espera de serem rebuscados.
Os sentimentos são formas estranhas de se estar na vida, não os controlamos..... podem ferir-nos de morte ou matar-nos de alegria!
Cada um tem de construir as pontes ou as muralhas para de alguma forma se proteger.

" Nem sei bem o que isto é! Nem sei bem de onde vem.... isto de querer tanto chega a doer! Tento esquecer, mas o esquecer é um querer lembrar.... é um não conseguir esquecer.... é um querer recordar! É como se fosse "tu a ficar por não saberes partir.... e eu a rezar para que desaparecesses.... eu a rezar para que ficasses.... e tu a ficares enquanto saías!" Já não sei se é quase pecado o que se deixa.... quase pecado o que se ignora! Ou se é quase pecado este desencontro! Busquei nas palavras o conforto, mas as palavras já não alimentam e não são tão pouco promessas.... cansei-me do teu silencio morto... do teu constante volto já... e dessa sempre tua certeza de não poderes ficar por mais um pouco! Gostei de ti enquanto o teu corpo pedia e as minhas mãos ardiam.... mas passamos a não nos tocar enquanto saias, a não nos tocarmos enquanto saiamos.... passamos a não nos tocar e vamos fugindo! Só gostava de saber se alguma vez, pensaste em mim.... porque se assim não for..... eu não entendo porque razão não consigo desistir!

O dia em que te esqueci

"(...) Vivi iludida durante tanto tempo, julgando que o amor era feito de grandes arrebatamentos! Até o será, certamente, para os espíritos apaixonados. Mas tem de haver muito mais. Momentos perdidos no tempo não enchem dias. Noites sozinhas na cama a desejar o teu corpo ao meu lado, semanas, meses, anos de solidão povoada de segundas escolhas, até apareceres outra e outra vez, e para quê? Para me obrigares a pôr o coração ao espelho e depois desapareceres de novo? Para assegurares que o meu amor por ti se mantinha, eterno, certo, intemporal, intocável?

Tu não voltavas por mim, voltavas por ti e para ti. Os teus regressos serviam para marcares ainda e sempre o teu território. Mas tu alimentavas a ausência, o vazio, o grande equívoco de todo este amor. Porque na verdade, meu querido, estou agora em crer que nunca houve amor. Não da tua parte.

Há alguns meses, voltaste a afirmar que olhavas para trás e vias uma pessoa muito especial e importante. Mas enquanto me viveste sempre negaste, lembraste? Eu é que era a louca, que te perseguia, a teimosa que não te largava, a obstinada que não desistia (...)."

terça-feira, 28 de junho de 2011

Ela


Sabia-o desde sempre. Sempre a mesma velha, cansativa e constante guerra. A guerra de uma luta pelo amor.
Ela não sabia manter o coração aceso por muito tempo, pois há muito que alguém a tinha secado por dentro.
O amor era um lugar agreste que ela não sabia dominar.
E mais uma vez perdia a noção do bom senso, e mais uma vez voltava as costas depois de todo o esforço investido, e mais uma vez perdia a necessidade....

Queria esquecer o mundo e a vida mais uma vez. Depois de todas as cinzas lançadas ao vento, sentia-se frágil e descrente.... não havia quem repousa-se no seu colo, não havia quem quisesse as suas muralhas.

Colou a mão no vidro... olhando para a rua.... chovia.
O mundo parecia-lhe estranho. Mais uma vez perdida na imensidão da sua insane solidão.

Mas no fundo era assim que ela se sentia plena e tranquila, sem inquietações, nem desesperos baratos, nem ansiedades vaidosas dos que amam, sem mágoas dos abandonos, sem exaltações, sem réstias de esperança ou de desconsolo.

Nada.

Olhava para si e nada, nenhuma brisa de sentimentos.

Mas sentia-se diferente desta vez, sentia-se livre.... esta luta tinha sido demasiado desiquilibrada, lutou numa batalha de mãos quase atadas, esperneando o quanto possível, mas silenciada pelas circunstâncias! Por isso, dai, se sentisse livre!

E a liberdade não é o melhor que se tem na vida?

Ela seguirá em frente, passo a passo, dia após dia, sozinha mas consigo como sempre!

Um dia

Nem sempre compreendemos os nossos erros. O porque de sermos levados a comete-los e a persistir sobre eles, cometendo os mesmos vezes demais!
Talvez faça parte, talvez seja um caminho que temos de percorrer e bater no chão tantas vezes quantas as necessárias para perceber que a vida é madrasta, que as pessoas são o que são e que o mundo gira ao contrário.
O amor nem sempre nos mostra o caminho mais fácil, e na maioria das vezes somos obrigados a bater bem fundo para perceber que o amor é cego quase sempre, e nas restantes vezes vê bem mal!
As pessoas que conhecemos nem sempre são quem gostaríamos que fossem. Vêm devagar, entram de mansinho e raramente chegam para ficar. Vão estando.... não assentando arraiais, não impondo presença firme, vão estando....
No entanto acredito que haverá uma que irá chegar, e querer ficar e mesmo que por ironia do destino tenha de partir, saíra com o forte sentimento de que o seu lugar era ali, e não em mais lado nenhum!

Ainda não chegou.... mas não tardará....

O mundo sempre conspira a nosso favor no final do dia.... se no inicio nós sorrirmos para ele!

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Quem gosta cuida

Hoje não sei o que nos separa, o que nos separou.
Hoje vejo que nada está como devia, que nada foi o que imaginei, que não sou e que não somos o mesmo todo!
Hoje sei que o que sinto de nada vale, hoje sei que o que fiz em nada conta!
Hoje perco-me de ti, em ti e por ti. E não sei mais nada.
"Quem gosta cuida".... eu cuidei mas nada recebi! Eu amei mas não fui considerada.
Eu fui, sem ser e já não sou sem te ter, e já não tenho (mais nada) sem te ter, mas isto é crescer... e é viver!

sábado, 28 de maio de 2011

quarta-feira, 25 de maio de 2011

I will find my away


Disseram-lhe que já não sabia sorrir....
Olhava-se ao espelho e não via nada, aquela não era a mulher que se conhecia, que se tornará forte e dona do seu destino.
Ali estava uma sombra de alguém que um dia teve sonhos e ideais.
Não conseguia olhar-se mais.... saiu pouco agasalhada. Fazia frio lá fora, fazia um frio enorme dentro de si!
O peso das lágrimas dificultavam as passadas, decidiu sentar-se no jardim em frente ao lugar onde os sem brigo recolhiam para comer a sopa.
Revia-se agora neles: sós, sem crenças, sem alma, sem luz, de olhar vazio, costas curvas, vazio imenso!
Chorou, chorou e chorou, como se não houvesse mais nada se não aquele choro, aquele choro silencioso, vindo de tão dentro de si, vindo de tão perto do seu maior receio: perda.... a renúncia!
Alguém se sentou a seu lado, estendeu-lhe a mão com um pouco de pão e falou.
Não temas os teus medos, antes que isso chora-os, como estás fazendo.
Não receies a perda, antes antecipa-te.
Não receies a solidão, antes abriga-te junto dos que te amam, e recusa os que te arruínam, embora os ames.
Na vida temos dois caminhos: o de manter os amores impossíveis, acreditar neles como sendo a nossa cura e ser eternamente infelizes, ou ter coragem e tomar decisões difíceis e abandonar o óbvio, o presente, o constante, o que sempre foi porque nunca procuramos alternativas.
A vida é feita de escolhas e não de uma só, única e inabalável.
A felicidade é um caminho que se constroí todos os dias.... apoiada na visão clara do que nos pertence, do que nos preenche.
Não queiras viver uma vida inteira com a ervilha debaixo do colchão..... e nem tentes colocar mais colchões para atenuar o problema..... tira-o de vez de baixo dele e a tua vida.
O amor é como um fruto, dele não queiras só a metade.

Ela levantou os olhos e viu apenas um vulto já ao longe..... curvado do peso da idade e da solidão.

Ela limpou a face.... fazia frio..... seguiu para casa.... adormeceu!

quinta-feira, 19 de maio de 2011

quarta-feira, 18 de maio de 2011

És e serás sempre o caminho

És o meu foco de luz.... o que tenho de melhor e de pior!

És o meu reflexo, a minha paz e o meu caminho!

Pinto o meu trajecto pelos teus passos, movo o meu mundo pela tua sombra!



segunda-feira, 16 de maio de 2011

domingo, 15 de maio de 2011

Poema

"Não te quero senão porque te quero,
e de querer-te a não te querer chego,
e de esperar-te quando não te espero,
passa o meu coração do frio ao fogo.
Quero-te só porque a ti te quero,
Odeio-te sem fim e odiando te rogo,
e a medida do meu amor viajante,
é não te ver e amar-te,
como um cego."


Por Pablo de Neruda

Sê tu própria



"Segue o teu destino
Rega a tuas plantas,
Ama as tuas rosas.
O resto é sombra de árvores alheias.
A realidade
Sempre é mais ou menos
Do que nós queremos.
Só nós mesmos somos sempre
Iguais a nós prórpios.
Suave é viver só.
Grande e nobre é sempre
Viver simplesmente.
Deixa a dor nas aras
Como ex-voto aos deuses.
Vê de longe a vida.
Nunca a interrogues.
E nada pode
Dizer-te. A resposta
Está além dos Deuses.
Mas serenamente
Imita o Olimpo
No teu coração.
Os deuses são deuses
Poque não pensam".

Deverá ser melhor assim


Eu nunca te quis deixar, mas achei que longe de ti estarias mais seguro e não te poderia magoar.
Há amores que se encontram mas que não podem permanecer.... são amores completos mas imperfeitos... ou talvez sejam perfeitos mas incompletos!
Será mais fácil para ti deixares de pensar em mim se não estiver por perto.
Será mais fácil para mim se não estiveres tão perto.
Nem sempre podemos viver de pleno com a vida, o mundo é um lugar estranho que habitamos, e onde nem sempre podemos habitar com quem amamos.
Podemos chamar azar o encontro de duas almas que se amam e que não se podem ter, eu talvez chame a isso uma feliz coincidência.... afinal a minha estadia neste mundo não foi em vão!
Encontrei-te, amei-te, tive-te, e sei que me amas-te desde o inicio!
E cada vez que me lembrar dos teus braços sobre os meus.... saberei que foi nessa altura que soube onde era a minha casa.
Nem sempre consigo parar para pensar se quero desistir, ou se quero que me prendas.... se me deixo salvar ou se me afogo.... mas sei que não te quero magoar.
O amor tem coisas estranhas....
Largar alguém porque se a ama é algo fascinante e medonho! Terá o amor de ser assim tão mistiriosamente cruel e perfeito?
Teremos nós de morrer sem nos termos?
Teremos nós de viver sabendo que nos achamos, que nos amamos que nos perdemos?
Terei eu de viver sem ti?
Parece-me que sim!
Mas espero que vejas para além destas palavras, espero que entendas que te espero a cada esquina, a cada momento serei bonita para que me olhes, se me encontrares novamente.
Espero que me lembres e relembre como eu sou!

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Quem pensas que és?



A sensação de desespero caíu-me sobre os ombros!
Pesam-me da frustração de te amar, de me expor, de te odiar.
O sangue corre-me nas veias, por esta altura a uma velocidade desconhecida, não vejo, não sinto.... estou sufocada pela raiva que tenho de não poder dizer-te que te odeio de tanto te amar!
Não minhas mãos ainda tenho o formato do teu rosto, sinto-o encostado à minha palma pedindo atenção.
Na minha memória tenho ainda o perfume do teu corpo.
No coração a raiva de seres essa falta, de seres esta minha sensação de solidão!
Deixa-me dizer-te que te odeio, que te odeio com tal violência, que me queima.


Quem julgas que és, para chegares e não saires e não ficares e não quereres e não deixares?
Quem pensas tu que és?

segunda-feira, 9 de maio de 2011

I'm the ghost of a girl

2am, where do I begin
Crying off my face again
The silent sound of loneliness
Wants to follow me to bed

I'm the ghost of a girl
That I want to be most
I'm the shell of a girl
That I used to know well

Dancing slowly in an empty room
Can the lonely take the place of you
I sing myself a quiet lullaby
Then you go and let the lonely in
To take my heart again

Too afraid, to go inside
For the pain of one more loveless night
For the loneliness will stay with me
And hold me till I fall asleep

I'm the ghost of a girl
That I want to be most
I'm the shell of a girl
That I used to know well

Broken pieces of
A barely breathing story
Where there once was love
Now there's only me
And the lonely...

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Presas nas horas

Dia após dia parece que o mundo troca de posições.
Talvez seja eu que rodopio em mim mesma e vejo tudo mudar... os sonhos, as vontades, os momentos em que me julgava completa, os objectivos de vida que já não existem.... o mundo inteiro não me parece ser mais o meu mundo.
As palavras já não fluem livres e com orgulho..... são lentas e silenciosas.... como sempre foram! Agora que penso nisso sempre o foram, até tu chegares e me alimentares a alma de brilhos imensos!
Tu trouxeste-me a vida como uma festa, mas infelizmente eu cheguei depois de ela começar e saí antes que acabasse. Acho que perdi a melhor parte!
O que deixamos para trás não são palavras, não são coisas escritas nas pedras, mas sim o que é tecido na vida dos outros, e tu teceste tanto em mim e de mim.

Um dia ouvi dizer que estar vivo é respirar profundamente, mover-se livremente e sentir com intensidade!

Então acho que algo se passa de errado em mim.... tenho as palavras presos às horas que te espero....

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Raiva

Sinto os olhos cansados de esperar. Tenho pouco ou nada dentro mim, neste momento! Raiva? Desgosto? Raiva..... de mim.... de esperar por uma segunda oportunidade que nunca me prometeste! Raiva imensa de continuar a acreditar que as pessoas me amam.... e não me usam! Solidão! Um vazio enorme que me deixa inconfortável! Tão cansada dessa meia luz onde me desenhas-te! Cansada de ser feita de bocados, de ter pontes gigantes a desabar em muralhas ferozes! Raiva, esta imensa raiva de ainda te respirar! De ainda te querer, de ainda te amar e não saber amar mais ninguem.... Raiva de ser sempre a mesma idiota que acredita que as pessoas mudam por nós! Raiva? Desgosto? Apenas feridas reabertas.....

domingo, 10 de abril de 2011

Adeus

É esta dor que me invade cada vez que penso em ti! Esta dor que se sente tão dentro de nós! O mundo é um lugar estranho, onde não somos vistos, onde não somos sentidos, onde somos perdidos, onde ninguém nos encontra enquanto anoitece! Os sentimentos são um peso demasiado para os pobres corações daqueles que ousam sentir..... O meu mundo começa a perder a tua fragrância! Tremula é a minha vida agora que te sinto mais longe, perdido de ti e de mim.... sem vontade, sem abrigo, sem crença.... Sinto que não me vês, que não me sentes... que não sabes quem sou! Preciso afastar esta tristeza, e iluminar o coração... Falta-me dizer lentamente, soletrar assim devagar.... o que ambos sabemos ser a realidade... não nos pertencemos, não somos um só, nunca fomos partes inteiras... sempre metades de uma vida a meias, sempre uma fracção... uma ausência colmatada por segredos partilhados e já mortos em nós! Abrir mão de ti é abrir mão da vida. É uma guerra lenta que tenho de travar comigo... Não sei se saberei viver assim, mas tenho de tentar por ti e por mim! Adeus!

quinta-feira, 31 de março de 2011

Um dia


Um dia vou explicar-te o significado das coisas pequenas. Vou mostrar-te as pequenas batalhas que se travam em nome do amor. Vou dizer-te que os pequenos gestos têm grandeza, que as curtas palavras tem um enorme peso. Que nada é demais quando os sonhos são elevados! Um dia vou explicar-te o significado daquilo que refutas. Vou mostrar-te que nada deve durar para sempre a não ser o que nos torna felizes. Vou dizer-te que a alma é um lugar secreto onde guarda-mos tudo o que somos. Um dia vou explicar-te que a vida é pequena demais para ser desperdiçada em hesitações, vou mostrar-te que o que tenho de melhor é a vontade de envelhecer ao teu lado. Vou dizer-te que poderás sempre repousar no meu abraço. Vou explicar-te a importância desse abraço, um dia... quando abrires os teus braços e te deixares levar. A vida é uma cruzada assombrosa, e a melhor parte não é o cume da montanha.... mas a jornada que fazemos até lá chegar!

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Amei

Amei-te enfim, de um claro amor prestante,
E achei que te amaria além,
presente na saudade.
Amei-te enfim, com tanta liberdade,
Dentro da eternidade e a cada instante.
Amei-te simplesmente,
De um amor sem mistério e sem virtude,
Com um desejo maciço e permanente.
E de ter te amado assim,
tanto e amíude,
É que um dia em teu corpo de repente,
Pensei que haveria de morrer,
Por te ter amado mais do que pude."

Mas hoje nada mais me dá de ti, esse amor outrora agreste e persistente, ardeu num fogo fátuo a olhos nus.... aos olhos do mundo e de toda a gente....

Quem?

Quem sabe de nós, de cada um de nós?
Quem nos lambe as feridas quando não lhes conseguimos chegar?
Quem nos olha nos olhos, quando não nos conseguimos identificar?
Quem nos afaga o rosto e nos enxuga as lágrimas, quando estamos feridos de mais para erguer as mãos?Quem nos levanta, quando estamos no fundo?
Quem chora connosco, quando já nem forças temos para chorar?
E quem ri connosco das coisas parvas da vida, das lágrimas perdidas na face, dos olhos fundos e acabados, das expressões inacabadas dos nossos rostos sem esperança.... quando acordamos, e percebemos que a vida é uma montanha russa, e não podemos ser felizes o tempo inteiro.
Quem se senta ao nosso lado e nos diz: "Isso vai passar um dia", e depois se senta novamente connosco, de copo erguido no ar para dizer: "vamos celebrar, eu não te dizia?"
Quem dança connosco quando só queremos estar debaixo da chuva que nos molha o rosto?Quem nos abre o coração para que possamos repousar?
Quem nos estende a mão quando não temos por onde caminhar?
Quem nos abraça quando vencemos?
Quem nos dá esperança quando a perdemos?
Quem nos dá força quando estamos descrestes?
Quem?
A vida é tão curta para perceber o porquê de algumas coisas serem como são, de algumas coisas acontecerem como não queriamos que acontecessem.... mas assim é a vida, para quê querer o que não é?
Para quê querer a perfeição, se essa não existe, porque se existisse por certo detestarmo-la-íamos.... porque a condição humana é imperfeita!Porque não ser feliz, apenas porque os olhos brilham, ser feliz porque sim e sem perguntas!
Que importância tem, se alguém não nos quer como gostariamos, se as pessoas que mais respeitamos nem sequer nos conhecem, se quem mais queriamos que nos olhassem bem no fundo dos olhos não percebem que estamos por aí!
Que importa?
Quem lamberá essas feridas?????
O importante é quem temos ao nosso lado, e não quem gostariamos que também estivesse ao nosso lado!
A vida é feita de escolhas, uns escolhem ficar connosco, gostar de nós, e outros..... bem existem os outros que não!
Mas as escolhas existem e são assim mesmo!
Trazem mágoa, mas trazem a certeza de que aqueles que estão ao nosso lado são as pessoas que levaremos sempre connosco... Ninguém me disse que a vida sería exactamente como imaginei....
Todas as feridas saram, podem deixar marca, mas com o tempo habituamo-nos às marcas esquecendo que um dia foram feridas, e que um dia alguém nos magoou assim tanto, sem dar por conta!

O que importa não é quem passa e não quer ficar, quem importa são os que vêm sem saber quem somos, que não nos temem, que nos aceitam, que nos olham e que ficam, porque gostam.... porque vão gostando, porque não desistem de nós...

Open your eyes!

Dizes que te pareço fria e indiferente! Julgas-me pelo que digo e não pelo que sinto...

Nem sempre se consegue ver a vida pelo mesmo prisma!

Esqueces que tive de me adaptar às tuas opções e mudar o rumo!



Não entendes que não quero ser uma opção, uma decisão dividida, não quero estar em segundo mas sim vir sempre em primeiro!

Sabes, a vida é sempre a mesma.... e se penetrássemos o sentido da mesma seríamos menos miseráveis!

Eu pensei que seriamos diferentes, que serias diferente: puro engano. Como disse: a vida é sempre a mesma para todos: rede de ilusões e desengano. O quadro é único, a moldura é que é diferente.... (eu não seria diferente dos outros certo?)


Como posso não parecer distante e mais arrogante.... como podes querer alimentar a ilusão de que não nos estamos a perder? A verdade é que nos perdemos já há muito tempo! Desde o início...


Já não tenho alma para sonhar-te. Negaste tudo o que tinha para te dar quando te quis dar.

Os meus olhos deixaram de ser cegos para te ver.... afinal nunca estás para que te veja, ou talvez nunca quiseste que eu te olhasse bem dentro....

Já não sei o que fazer....

Recordar? Esquecer?Indiferente!

Prender ou desprender? É mal? É bem?

Quem disser que se pode amar alguém a vida inteira,

É porque mente!

Não me deixaste fazê-lo, não me deixaste tentar chegar até ti, nem mesmo quando te achei meu.... quando me fiz tua....

Agora sou apenas uma alma exaltada, uma alma intensa, violenta, atormentada, uma alma que não se sente bem onde está, que tem saudade… sei lá de quê!

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Poema

Porque a alma é feita de pedaços,
Estilhaçados pela vida....
A minha anda um pouco perdida,
Esquecida,
Adormecida,
À tua espera....
Ou talvez apenas em espera....
Porque a minha alma chora,
Hoje e agora...
Talvez porque prendi o mundo nas mãos,
Esquecendo quase sempre de juntar
Os pedaços dos sonhos
Que se estilhaçaram no chão.
A noite trás
No sabor fugidio do escuro
A tua boca,
Que me cala como louca....
Que me foge por entre as mão!
E é aí que desejo o teu corpo em mim...
E me perco na imensidão do teu olhar,
Na planície do teu ser!

Porque já o eras ainda antes de tudo o ser!

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Quem ousou?

Quem me lambe as feridas... quando nada existe que cure a alma?
Quem me lambe a alma, quando nada existe que cure o corpo?
Quem me cura o corpo quando nada mais há que solidão dentro das portas fechadas da minha vida?
Quem entra em nós, quando o mundo inteiro nos negou auxílio?
Quem me dá auxílio, quando ninguém ousou querer ficar?
Quem me invade o sono, quando nenhum sonho ousou sentir-me, quando nenhuma dor ousou sair.... e todos os choros se agonizaram em mim!?
Quem ousou ficar, quando o mundo todo me fugia dos dedos, quando a vida toda se esfumava na alma, quando toda a minha alma se perdia no tempo?
Quem ousou amar-me?
Quem ousou ouvir?
Quem ouso lutar?

Ninguém ficou, ninguém lutou.... ninguém sentiu!

domingo, 23 de janeiro de 2011

Na primeira pessoa!


Hoje vou falar na primeira pessoa.... estou exausta!
Não sei para onde me virar... porque tudo está uma confusão!
Sempre ouvi dizer que difícil não é lutar pelo que se quer e sim desistir daquilo que mais se ama.... mas eu não sei mais o que amo, se amo....
Como diz Bob Marley: Eu desisti, mas não foi por não ter coragem de lutar, mas sim por não ter mais condições de sofrer!
Ás vezes construímos sonhos em cima de grandes pessoas... não deixes que o tempo me mostre que grandes eram apenas os sonhos....
Eu não quero neste momento viver para que a minha falta seja sentida... mas para que a minha presença seja notada! Olha para mim bolas.... sente-me!
Não sei mais por onde ir... não sei mais qual é o meu caminho! Pensei que o tinha encontrado, mas já não sei nada!
Faz-me pensar que tudo se fecha mesmo antes de mostrar todo o potencial...

"Meu dia é mais tranquilo até ao momento em que a minha cabeça foge para ti! Sinto que ela me trai nesse momento.... o coração aperta, a atenção desvanece o frio na barriga.
Com tantos sintomas de saudade até parece doença, mas eu sei o que me curaria.... a tua presença!"

Se é para abandonar que se abandone agora, a minha vida deixou de ser lúcida e eu quero voltar....

Music

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Ela


Às vezes morremos por dentro…. Devagarinho!
Ela acordou agredida pelo sono, dormiu mal, acordou cansada, como se estivesse estado o sono todo a subir…. Na esperança de ver a luz!
Nos sonos também se morre… e ela não sabia se tinha morrido porque o coração ardia, ou se a alma se afogava!
Nem sempre a visão é lúcida, nem sempre a visão nos acelera a mente na busca do equilíbrio!
E andamos a penar no limbo, como que não querendo sair do que nos sufoca, mas não tendo mais condições para continuar na miséria das nossas vidas!
Saiu à rua branca, só e agressiva…. Refugiou-se na solidão da noite, nos braços fortes da neblina, onde ninguém se encontra, onde ninguém se perde…. Onde não há ninguém…. A não ser os sem abrigo.
Os que velejam um barco sem velas… e aqueles que as têm…. Velejam sem vento! Aportam sem terra!
Às vezes as coisas devem ser perdidas….
Às vezes devemos perder as coisas….
Às vezes devemos deixar as coisas como eram, não como são….
Às vezes o barco não deve sair do porto…. Correndo o risco de não voltar.
E mesmo voltando, correndo o risco de vir demasiado danificado para acordar do sono e não morrer!

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Amar

O amor, quando se revela,
Não se sabe revelar.
Sabe bem olhar p'ra ela,
Mas não lhe sabe falar.
Quem quer dizer o que sente
Não sabe o que há de *dizer.
Fala: parece que mente
Cala: parece esquecer
Ah, mas se ela adivinhasse,
Se pudesse ouvir o olhar,
E se um olhar lhe bastasse
Pr'a saber que a estão a amar!
Mas quem sente muito, cala;
Quem quer dizer quanto sente
Fica sem alma nem fala,
Fica só, inteiramente!
Mas se isto puder contar-lhe
O que não lhe ouso contar,
Já não terei que falar-lhe
Porque lhe estou a falar..

Por Fernando Pessoa

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Adeus


"Já gastámos as palavras pela rua, meu amor,
e o que nos ficou não chega
para afastar o frio de quatro paredes.
Gastámos tudo menos o silêncio.
Gastámos os olhos com o sal das lágrimas,
gastámos as mãos à força de as apertarmos,
gastámos o relógio e as pedras das esquina
sem esperas inúteis.
Meto as mãos nas algibeiras e não encontro nada.
Antigamente tínhamos tanto para dar um ao outro;
era como se todas as coisas fossem minhas:
quanto mais te dava mais tinha para te dar.
Às vezes tu dizias: os teus olhos são peixes verdes.
E eu acreditava.
Acreditava,
porque ao teu lado
todas as coisas eram possíveis.
Mas isso era no tempo dos segredos,
era no tempo em que o teu corpo era um aquário,
ra no tempo em que os meus olhos
eram realmente peixes verdes.
Hoje são apenas os meus olhos.
É pouco mas é verdade,
uns olhos como todos os outros.
Já gastámos as palavras.
Quando agora digo: meu amor,
já não se passa absolutamente nada.
E no entanto, antes das palavras gastas,
tenho a certezade que todas as coisas estremeciam
só de murmurar o teu nome
no silêncio do meu coração.
Não temos já nada para dar.
Dentro de ti
não há nada que me peça água.
passado é inútil como um trapo.
E já te disse: as palavras estão gastas.

Adeus."

Por Eugénio de Andrade

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Nada mais errado

Às vezes queremos exigir das pessoas, o que gostaríamos que elas fossem.
Exigimos que sejam à nossa semelhança.
Sofremos se não o são e se não o sentem como nós!
Queremos que elas mudem, que elas ajam em função das nossas esperanças!

Mas não são elas que estão erradas.... mas sim nós!

Querer que alguém siga o nosso caminho, sem perceber que elas querem seguir o delas é um erro que se paga caro.... com a perca.... uma perda que é tão somente a nossa perda de identidade!